O texto a seguir foi retirado do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),
entregue em dezembro de 2011 à faculdade Fortium em Brasília.
A reprodução é permitida desde de que citada a fonte.
entregue em dezembro de 2011 à faculdade Fortium em Brasília.
A reprodução é permitida desde de que citada a fonte.
Por trás do
trabalho de planejamento visual de qualquer veículo de mídia impressa há uma
questão que sempre acompanha o editor de arte: a identidade do veículo. Pode-se
afirmar que esse profissional terá alcançado seu objetivo no momento em que o
leitor correr os olhos sobre a página e souber a que publicação ela se refere.
Ou seja, no instante em que ele, a partir do design gráfico apresentado, souber identificar o veículo mesmo sem
ver o logotipo (CARNICEL apud SANTOS, 1999, p. 2).
A importância do projeto gráfico editorial se dá, em primeiro lugar, no sentido de que para que um impresso seja percebido como um exemplar de uma série são necessários elementos básicos de reconhecimento. Os mais imediatos são os aspectos visuais. Além do reconhecimento, uma coleção de livros, como produto cultural, precisa chamar a atenção do leitor. Como escreve Martín (1970):
A importância do projeto gráfico editorial se dá, em primeiro lugar, no sentido de que para que um impresso seja percebido como um exemplar de uma série são necessários elementos básicos de reconhecimento. Os mais imediatos são os aspectos visuais. Além do reconhecimento, uma coleção de livros, como produto cultural, precisa chamar a atenção do leitor. Como escreve Martín (1970):
O convite natural à leitura é a primeira fase da linguagem gráfica, a qual depende mais do aspecto morfológico que do semântico. Os dados morfológicos da obra gráfica, ou seja, sua forma, suscita no leitor o desejo de conhecer o conteúdo, isto é, a face semântica ou do significado das palavras. (MARTÍN, 1970, p. 113)
Segundo Philip Meggs, no
livro Fotografiks de David Carson,
designers entendem palavras e figuras, não como meramente dois sistemas de linguagem separados para serem educadamente colocados juntos na página, mas como mídias receptivas para interação dinâmica tanto em forma como em mensagem. O objetivo é uma mensagem visual/verbal holística (MEGGS apud CARSON, 1999, p. 16).
Todo o procedimento
projetual envolve a compreensão do livro como objeto integral, a consciência
dos graus de aproximação e relação com o leitor, o manuseio, sua fisicalidade,
importante característica sensorial, senão sensual, da mídia impressa,
experimentada por Munari em seu Livro ilegível, onde a ênfase recai sobre as
possibilidades visuais e táteis dos meios de produção, como suportes,
qualidades de superfícies, cortes, etc. Materialidade presente nas
manifestações e questionamentos contemporâneos que buscam especificidades para
mídias distinta (MUNARI,1981, p. 220-227).
Há uma conexão fundamental entre forma e material, entre razão humana e corpo humano. A matéria impressa é um dos corpos físicos do domínio abstrato do pensamento. Quando seguro um livro atento para seu peso, formato, textura, fluidez ou solidez. Papel torna-se pele, tinta, o veículo para a encarnação do conhecimento. Uma experiência mental se estende para uma sensorial (BLACKWELL, 2000).
Trabalho de conclusão de curso: Projeto Gráfico Editorial dos Livros do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Fortium, Brasília, 2011.
de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Fortium, Brasília, 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário