sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Design versus arte

O texto a seguir foi retirado do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),
entregue em dezembro de 2011 à faculdade Fortium em Brasília. 
A reprodução é permitida desde de que citada a fonte.


Para Newark (2009) “as diferenças entre arte e design são sentidas com maior ênfase na área da intenção. O design tem um cliente que fornece a intenção da obra, os objetivos e o resultado pelos quais ele deve ser julgado. Há uma pequena quantidade de obras de design em que o próprio designer é o cliente, uma espécie de acte gratuti . Mas essa publicação independente não muda as convenções reconhecíveis de design. Não se trata somente da presença de um cliente ligando o conteúdo do design ao seu público leitor, como um fio condutor; a questão é que o design se tornou, ao longo dos séculos, eficiente em passar uma mensagem clara, sem ambiguidades”.
Newark (2009) afirma que a arte é conotativa, associativa, implicativa e, se revela na ambiguidade – sua função e sua forma são inseparáveis. Newark afirma ainda que o design é exato, denotativo e explícito além de ser uma mediação, uma estrutura, um método que se conecta ao seu conteúdo como a dança acompanha a música, ou a culinária a comida.
O design gráfico nasceu no campo da arte e se deslocou gradativamente – à medida em que se construiu como disciplina e práxis sistematizada – para um estatuto social que lhe conferiu lugar na esfera produtiva. Designers não têm, por definição, estilos individuais – ao contrario do que é comum em artistas – porque o design gráfico não é essencialmente expressão, mas solução. É lógico que projetos gráficos expressam textualidades mais amplas do que a simples solução de um problema técnico, mas o que move sua consecução é efetivamente a solução deste problema e não a expressão de seu autor (VILLAS-BOAS, 2003).

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