Czeisler afirma em seu texto que, muitas vezes, a culpa de uma noite insone é colocada sobre o café, mas as pessoas geralmente ignoram um fator essencial: a exposição constante a luzes artificiais. “Muitas razões pelas quais as pessoas têm sono insuficiente começam cedo, no trabalho ou na escola, ou estão em comidas e bebidas ricas em cafeína. Mas o fator principal é muitas vezes desvalorizado: o avanço tecnológico. A luz artificial afeta nosso ritmo circadiano e é mais poderosa do que qualquer droga”, escreve o pesquisador.
De acordo com o médico, o corpo humano é muito afetado pela luz que chega às retinas. E ele não parece estar preparado para esse excesso de claridade artificial que prossegue depois de anoitecer. Assim, o ciclo diário do corpo acaba desregulado, prejudicando, entre outras funções, o sono. “A luz artificial que atinge a retina entre o anoitecer e o amanhecer exerce efeitos fisiológicos por meio da visão. Inibe substâncias necessárias para promover o sono, ativa neurônios e cria uma excitação que suprime o lançamento noturno da melatonina, hormônio responsável por produzir o sono”, enumera o especialista.
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