segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Design: como fazer a capa de um livro?

Projetando a capa de um livro 


O briefing


Fiz um pequeno resumo do que é necessário para que um briefing seja eficaz:

. o primeiro passo é saber do que trata o projeto, neste caso que tipo de publicação – qual o assunto, como o tema é abordado;

. o segundo passo é referente ao público -alvo, a quem está destinada a publicação – faixa etária, sexo, nível sociocultural e o que mais puder descobrir. Se possível, ler o livro ou, ao menos parte dele, também ajuda. Nesta fase é importante ter definido o título da publicação para calcular-se o espaço que vai ser a ele dedicado (se a publicação não estiver totalmente fechada, é possível que o título sofra alterações que podem prejudicar um pouco o desenvolvimento do projeto e atrasar muito a sua conclusão).

. o terceiro passo é relacionado mais diretamente com o projeto gráfico, é nesta hora que se descobre o que pode e o que não pode fazer. Pergunte se existe alguma restrição, se existe algum elemento que não deve ser usado como, por exemplo, cores, elementos estilizados e abstratos, imagens, fotografias, ilustrações, símbolos entre outros elementos pertinentes ao caso.

Normalmente o cliente tem alguma ideia do que ele quer que seja feito, algumas vezes devemos nos fazer de surdos (é verdade!) mas é preciso escutar e entender o que o cliente quer (não significa que deve ser feito ao pé da letra, até porquê, muitos são analfabetos visuais apesar da boa vontade).

Brainstorm


Antes de iniciar qualquer trabalho, é sempre bom planejar e pensar em conceitos, ideias, palavras e o que mais for possível a cerca do projeto. Esse é um bom método para exercitar a criatividade e auxilia a manter o foco e a coerência com o briefing.

No começo pode parecer estranho, mas com o tempo você acostuma. Delimite um número x de palavras e as anote numa folha, no pc, onde der. Depois de feito isso, grife as palavras que você achar mais importantes e reduza para um mínimo x de palavras. É com base nelas que você deve trabalhar.

Pense na família tipográfica


Você pode escolher famílias renomadas como Futura, Swiss, Adobe Garamond entre outras; pode optar por famílias disponibilizadas gratuitamente em sites, criadas por autores não tão conhecidos; ou pode optar por criar a tipografia especificamente para o projeto, as chamadas fontes personalizadas.

Para as fontes personalizadas, sugiro um método para a criação: associar vários conceitos ao projeto a ser desenvolvido. A partir daí, traduzir estes conceitos em signos, e elaborar uma espécie de alfabeto visual para todo o projeto. O mais interessante dessa técnica é que a ilustração para o alfabeto criado não tem função somente estética para com o produto, mas alia todo um conjunto de significados por trás da ideia. Ao criar o alfabeto utilizando esta técnica, você faz uma composição realmente personalizada e com conceitos justificados.


Você pode ver o processo de criação de um livro da Carol Rivello aqui.


Inspiração


10% inspiração e 90% transpiração, é assim que funciona! Você pode buscar ideias na internet, pedindo auxílio ao “titio Google”, mas não se esqueça de dar uma olhadinhas nos livros impressos. Leia um pouco sobre conceitos, não busque apenas informação visual. Se abasteça com informação para que o seu cérebro consiga ter espaço e matéria-prima para criar. Pesquise o que está sendo feito no mesmo ramo, pois não adianta ousar demais senão foge do que os consumidores estão acostumados e não vai ter público para o seu produto!

Na hora de projetar, pense em desenhar à mão mesmo! Estabeleça limites, proporções e espaços em branco. Num primeiro momento não se preocupe com as cores de fundo, trabalhe em preto e branco mesmo e deixe para colorir depois. É bom começar pelos elementos que você já sabe que deverão constar na capa como a marca da editora e o código de barras, por exemplo. Isso auxilia a delimitar os espaços que poderão ser utilizados por uma ilustração, por exemplo.

Colocando a mão na massa


Faça rascunhos! Antes de decidir seguir numa direção e aperfeiçoar o desenho, tente outras opções, outros estilos, outras disposições de elementos, teste o contraste e a legibilidade, teste cores, famílias tipográficas, etc. Se por acaso o projeto envolver o uso de muitas cores, sente-se com seu cliente, defina a paleta, e só então passe a colorir o projeto. Pode ser muito trabalhoso rever as cores com tudo pronto, considerando, por exemplo uma ilustração complexa.

Não se esqueça de ao final do projeto rever os conceitos e verificar se o projeto está de acordo com eles. Faça um resumo por escrito ao lado da opção final (ou opções finais) de como chegou ao resultado. Isso impressiona positivamente o cliente.

Finalizando o projeto

É extremamente gratificante finalizar trabalhos. Tocar, pegar, apalpar, enfim... É um prazer incrível ver o produto final (que você fez ou ajudou a fazer). Não se esqueça de tirar fotos e guardar os melhores trabalhos para o seu portfólio.

Não se esqueça de salvar todos os arquivos EDITÁVEIS, as fontes usadas no projeto, a paleta de cores, documentos e informações referentes ao projeto. Tudo deve ficar juntinho, numa mesma pasta para facilitar a sua vida numa posição edição, reimpressão, etc.


Espero ter ajudado! :)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Design: redesign de logotipo da Coca-Cola


Coca-Cola lança desafio para redesign de logotipo

É isso aí que você leu no título. A Coca-Cola, em parceria com a plataforma de design BlankYou Very Much, lançou um desafio ter seu clássico logotipo redesenhado. Antes que você se empolgue, entretanto, um balde de água fria: de acordo com o regulamento, a competição é aberta somente a residentes nos Estados Unidos. Ainda assim, não deixa de ser uma boa ideia.
O prêmio é de US$ 5 mil – parece pouco, mas ainda assim é US$ 5 mil a mais do que levou Frank Mason Robinson para criar o logotipo original em 1885. O ganhador também terá o direito de sair se gabando por aí, ter isso no portfólio, etc. Mas não é só isso, claro... O novo logo SÓ vai ilustrar uma edição limitada de camisetas. 
Os logotipos deverão ser enviados para o site da BYVM até 29 de outubro, para depois passarem por votação popular entre 30 de outubro e 12 de novembro. Daí os mais votados passarão pelo crivo de um júri especializado, que anunciará o vencedor em 23 de novembro.
Se até agora pareceu tudo muito fácil – ou quase -, é preciso ler as orientações da Coca-Cola, que foi muito específica sobre o que pode ou não ser feito aqui. Somente as cores branco e vermelho são permitidas – azul, nem pensar. Bandeiras ou símbolos internacionais são proibidos, o logo deve refletir um modo de vida saudável e equilibrado e o público-alvo é acima de 12 anos.
Se você ficou curioso para saber mais, entre no site da BYVM para descobrir mais sobre a competição. Aproveite a visita para conhecer melhor esse site, que dá aos designers a oportunidade de repensar logotipos famosos e criar novos conceitos.
Esta reportagem foi retirada daqui.

Design: travesseiro-avestruz

Já pensou se essa moda pega?

A vida moderna e a tradicional "sesta" – o cochilo depois do almoço – convergem na forma de um novo e insólito produto chamado "travesseiro-avestruz" (Ostrich Pillow, em inglês).

Criado para sonecas fora de casa, o produto é nada mais que uma almofada oca com três orifícios (dois para os braços e um para o nariz) – ainda que, de tão inusitado, seja mais apropriado para quem não tem medo de passar um pouco de vergonha.

A ideia é do Banana Studios, projeto que reúne vários escritórios de design da Espanha onde a sesta é comum.

Travesseiro avestruz (Foto: Divulgação)Travesseiro-avestruz foi projetado por empresa que reúne escritórios de design espanhóis (Foto: Divulgação).

Travesseiro avestruz (Foto: Divulgação)Produto custa R$ 130, e usá-lo em público pode ser um pouco constrangedor (Foto: Divulgação).

"A essência (da ideia) é que a sociedade mudou", afirma Ganjavian. "Antes, dormíamos muito mais. Agora, trabalhamos muito mais horas, e o cansaço a que estamos expostos não é apenas físico, mas mental. Nos esquecemos de nos desconectar."Criado para sonecas fora de casa, o produto é nada mais que uma almofada oca com três orifícios (dois para os braços e um para o nariz) – ainda que, de tão inusitado, seja mais apropriado para quem não tem medo de passar um pouco de vergonha.A ideia é do Banana Studios, projeto que reúne vários escritórios de design da Espanha onde a sesta é comum."O travesseiro cria uma atmosfera privada em um contexto público", seja no transporte público, em aeroportos ou mesmo no trabalho, disse à BBC o britânico de origem iraniana Ali Ganjavian, um dos criadores do objeto e sócio do escritório de arquitetura Kawamura-Ganjavian.O Banana Studios conseguiu arrecadar US$ 126 mil (R$ 254,5 mil) para desenvolver o projeto por meio do Kickstarter (site de arrecadação de dinheiro para determinadas causas), depois de, em 2011, ter conquistado espaço para o "Ostrich Pillow" em publicações especializadas em design.


Mais trabalho, menos descanso


A invenção surgiu da necessidade dos próprios designers, de fazer uma pausa para se "revitalizar"."Passamos muito tempo em frente ao computador e há horas em que precisamos descansar, tomar um café, sair um pouco. Criamos (o travesseiro) para nós mesmos."O conceito por trás da ideia são as chamadas "power naps" – sestas breves e supostamente revigorantes. Ganjavian cita estudos que defendem que as sonecas rápidas estimulam a produtividade.Para alguns, porém, a brincadeira pode parecer cara (o travesseiro custa US$ 75, ou cerca de R$ 130) ou de design um pouco constrangedor para o usuário.Ganjavian admite que sua equipe levou isso em consideração durante o processo de criação, mas responde alegando que inovar significa correr riscos. Ele afirma que a bicicleta e o guarda-chuva também tinham designs considerados ridículos quando foram lançados.Apesar da extravagância, Ganjavian diz estar recebendo diversas encomendas e prepara peças para vender no Natal.

Esta reportagem foi retirada daqui.